quinta-feira, maio 01, 2008

Abandonar tudo

Será que é possível, em busca de conhecer a Verdade Suprema, abandonar tudo o que nos cerca? Quando digo abandonar, não me refiro ao sentimento de jogar no lixo, fazer troça, ou pouco caso. Com todo o respeito! Mas admitir, pior, ter certeza, de que tudo que está aqui é descartável e passageiro... A famosa ilusão de Maya.

Alguns dizem: "Sim, é ilusão, mas é real!". Têm razão, mesmo que sejam somente alguns planetas, plantas ou pessoas, são ilusões somente quando comparamos com a fonte original. A alegoria da Caverna de Platão é imbátivel para representar esse conceito. Matrix é imbatível para representar esse conceito. Mesmo dentro da Matrix, vc é vc, não tem como escapar...o pensamento é o mesmo, só que vivendo e sendo expresso de outra maneira. Os irmãos Wachowski quiseram mostrar isso claramento, dizendo que todos os socos, ferimentos e sentimento de Neo enquanto na Matrix, eram sentidos também pelo Neo "desperto". Parece que nossa ilusão é real... não é a Verdade maior e absoluta, mas com certeza é real.

Pensando em toda essa ilusão, vale a pena comer a carne? Será que ela tem o mesmo sabor depois que sabemos que não se passa de uma enganação criada pelos nossos 5 sentidos? Essa consciência revela uma realidade que não é satisfatória, entretanto é a realidade vigente. É instaurado um grande conflito de sentido da vida, materialismo, coisas físicas e paupáveis. Mas não esqueçamos de que a mente da Matrix é a mesma de Zion. O que uma sente, a outra sente. Aliás, elas são a mesma mente. O que acontece aqui serve em outros lugares, ainda que não sejam realidades supremas.

Como diz Quiroga: "E vai dormir com esse barulho!"

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